Em 1990, no auge da música Vogue, Madonna fez mais uma performance no VMA's, da MTV, no tempo que era bom e interessante assistí-lo, mas superou todas expectativas e a si mesma, coisa que ela faz até hoje (!).
Em uma apresentação extremamente teatral, além daquilo que se fazia na época, quase tão grande e surpreendente quanto Pink Floyd, mas num palco de teatro, Madonna encarnou um personagem e tornou realidade uma época passada pra apresentar um hit do presente.
Sim foi playback, era uma simulação de que ela estava cantando naquele palácio com aqueles membros, ou não, de uma corte. De uma rainha que era ela.
Madonna foi buscar inspiração numa versão sua do passado.
Sim!
Madonna não foi a única a escandalizar os costumes, né?
Marie Antoinnete foi a famosa rainha da França que por agir fora dos costumes de seu tempo e de ter menos limites e AMAR aparecer, acabou decapitada.
Então, como Madonna é a rainha despudorada do nosso tempo, foi vestida como Maria Antonieta que cantou Vogue, com poses diferentes na coreografia, adaptada, claro, para toda aquela roupa, e a adição dos maravilhosos movimentos com leques, que até levantam gritos da platéia estupefata pela grandiosidade do momento, que trouxe até algumas críticas mais negativas, que diziam que Madonna estava querendo ser muito maior que os outros artistas da noite e que era superficial tanta produção para eclipsar a performance vocal, que nem houve.
Mas de quem é que todo mundo lembra hoje?
E essa não foi a única vez em que esse happening foi visto.
No dia seguinte ao VMA's, em 07 de setembro, no evento COMMITMENT TO LIFE IV, realizado pela APLA (AIDS PROJECT LOS ANGELES) , em favor das pessoas que sofriam com o HIV, Madonna ganhou o prêmio COMMITMENT TO LIFE,pela maneira como "advogava" em favor dos homosexuais e da sexualidade livre de preconceitos e respeitosa pela vida.
E encerrou a noite com essa performance.
Para uma platéia de muita sorte.
Não há registros conhecidos dessa performance, mas claro que algum esperto deu um jeito:
Mais uma vez Madonna mostrou que sabia fazer pop. E com conteúdo. Usou a história, uma personalidade, um estilo fora do nosso tempo, para fazer arte.
E ainda tivemos a sorte de ter essa performance adicionada á primeira coletânea de vídeos dela, a The Immacullate Collection.
Já em 2004, Madonna mais uma vez se liga á essa figura do passado para mais uma vez nos brindar com Vogue.
Um clássico de todas as possibilidades.