quarta-feira, 28 de julho de 2010

Madonna e o príncipe do desenho.

Assistindo mais uma vez Na cama com Madonna passei "coincidentemente" por uma cena que já vi tantas vezes mas não lembrava do detalhe.
Fazendo uma das bizarras orações antes do show que ela faz, Madonna aproveita para dar uma bronca na sua equipe, mais direcionada aos bailarinos exigindo que eles se respeitem e se tratem bem, por causa daquela situação com Oliver Crumes, que era tão atormentado pelos outros dançarinos, cruéis e maliciosos. Detalhe para a frase "já há muita dor nesse mundo..."

E no final, dedica o show á Keith Haring, "que não tem a sorte de estar vivo como nós".


A morte dele era recente, assim como a de outros conhecidos dela, e outros tantos artistas e tantas pessoas no mundo que já estavam indo embora naquela virada de década. Como ela diz no Girlie Show, anos depois, todo mundo conhece ou vai conhecer alguém vítima da AIDS, a grande tragédia do nosso século.



Dedicado á Keith Haring, que ainda está vivo.

















Por Ique in Vogue

terça-feira, 27 de julho de 2010

Madonna e Haring



Keith Haring estudou arte, design, aprendeu a ser um desenhista e imprimiu totalmente sua personalidade em sua obra, sabendo se comunicar através dela. Passou a ser convidado para exposições e percebeu o destaque e a amplitude que ganhou sua idéia, podendo chegar a um número muito maior de pessoas. Passou a ser POP, abriu sua loja a POP SHOP, espaço onde expunha e vendia a imagem de sua arte, conheceu e tornou-se amigo do mestre da pop art, Andy Warhol. Viveu como pop, mas manteve a originalidade e a fidelidade.
E não se entregou.









Assim como Madonna.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Madonna e Haring





Assim como Madonna, Haring viu o futuro, como se soubesse o que precisaria ser dito, ou aquilo que ele poderia deixar como legado para as gerações que quisessem pensar, que quisessem mudar alguma coisa.
Assim como ela, não teve medo de se expor, de se assumir, não provocando nada nem ninguém, por que aquele que diz as verdades não provoca, mas incomoda quem ainda se mantém na ilusão daquilo que não enende, então inventa.
Muitos olhos foram abertos pela franqueza como Haring falou de AIDS, preconceito, homossexualidade e morte, mas também celebrou a vida e o amor.
Assim como Madonna.

domingo, 18 de julho de 2010

Madonna e o príncipe do desenho.

Keith Haring nasceu em 04 de maio de 1958, na Pennsylvania, filho mais velho com três irmãs.

Criativo e sensível, se interessou cedo pelo desenho, coisa que o pai incentivou, estudou Design Gráfico e começou a desenhar nas paredes dos metrôs de Nova York e também em todo espaço que encontrava, objetos, muros, mesmo em lugares que pudessem ser destruídos com o tempo, mas queria que seu traço fosse visto e aimagem comunicasse algo para quem visse.


Começando com formas básicas e temas alegres e cheios de vida, como o "bebê radiante" que se tornou uma marca de seu trabalho, com o tempo seu trabalho começou a ganhar peso e reconhecimento, apoiar causas e discutir e criticar comportamentos e depois passou a ser a confissão tenebrosa das dúvidas e sofrimentos de um homem diagnosticado portador do vírus da AIDS, em uma época de desinformação, preconceito e morte certa.









Após esse choque, volta a apresentar a vida em sua obra, como esperança. Ficou amigo de Andy Warhol e Kenny Scharf, amigo de crianças, amigo de todos, criou uma fundação para cuidar de crianças e disse uma vez "que permaneceria vivo através de sua obra".Faleceu em 16 de fevereiro de 1990.









Como artista nova da década de 1980, circulando pela mesma Nova York fervilhante que Haring, Madonna o conheceu e teve contato com a força de sua obra.













Em 1984 Madonna fez uma performance (com registros raríssimos) na lendária Paradise Garage, cantando Dress you up. Era aniversário de Haring.

















Mas ele ainda está vivo.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Estrela da sorte em versão descartada

Muitas pessoas maravilhosas passaram pela vida maravilhosa de Madonna, pessoas que o tempo e a fama fizeram questão de apagar. Mas marcas não se apagam.




Uma dela é o jovem Martin Burgoyne, que dividiu quarto com Madonna, foi seu amigo confidente, seu apoio, dançou com ela, cuidou de sua carreira antes de um empresário de peso, que foi Fred DeMann, a acompanhou em shows, deu idéias, vibrou.




E também participou da criação da capa do seu primeiro disco.
Que iria se chamar Lucky Star.
Com fotos de Edo Bertoglio no encarte (ele era amigo de Maripol, que fez várias fotos para Madonna) e capa elaborada por Martin, se as coisas não tivessem mudado, com a mão marketeira de uma gravadora e seus publicitários, o primeiro disco dela já teria apresentado uma imagem meio de diva glamurosa e ao mesmo tempo jovem promissora.
Outra capa foi pensada, outras coisas aconteceram, Martin continuou seu amigo e colaborador.












Martin morreu vitimado pela AIDS em 1986 e foi lembrado em In this life, no álbum Erotica, em 1992.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Mamma Donna



Mais uma vez a imagem da mãe. Acho que desde que ela passou a ter filhos e também adotar, essa imagem dela tem ficado mais firme. Mesmo não acreditando muito na relação dessas imagens com o filme Mamma Roma ( vejo apenas as imagens semelhantes, mas não ela como mãe do rapaz), Madonna encarna mais uma vez alguma personagem italiana com sua característica familiar e se destaca belíssimamente em fotos onde aparecem outras pessoas...
É como se finalmente se acreditasse nela como mulher mais velha mais madura, como uma mulher segura, séria, responsável.


E agora essa imagem está sendo aproveitada.


No ensaio com Jesus e nessas fotos para Dolce & Gabbanna ( tanto as roupas como os óculos) o fato de ela ser uma mulher mais velha tem sido explorado com glamour, com respeito e reconhecimento, de quem domina ainda o mundo do pop.

domingo, 4 de julho de 2010

Frozen, por Mario Testino


Mario Testino foi o responsável mais uma vez por uma belíssima capa da era Ray of light, e foi o que melhor captou esse momento tão lindo, mágico e especial na carreira de Madonna (como nos ensaios com Lola para a Vanity Fair).



E com toda a surpresa com o visual tão negro e carregado do vídeo de Frozen, os cabelos tão pretos, aquela voz entristecida, aquele clima denso, onde se esperava que Madonna demorasse a irradiar sua sensualidade e seu sorriso de novo, podia se esperar algo assim para o single.


Mas não, ela estava linda, madura, cheia de luz mesmo, de cor, de pele, de cabelo, cheia de brilho de raios de luz em um single fantástico (meu primeiro em vinil).

Curioso que essa música tão espiritual e orquestral foi uma campeã das pistas no mundo todo na versão de Victor Calderone.




E com o tempo ganhou Open your heart como sua companheira, complementando sua mensagem.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

ImagemLola

Hoje é dia de estréia da Lourdes Maria aqui.
Já devia ter estreado, acho que vou fazer agora o blog imagemlola também (brincadeira).







Com a estréia próxima e a primeira divulgação da Material Girl, linha de roupas assinada por Madonna e a filhota Lourdes Maria, a atenção do mundo pop sobre a menina vai aumentando, por quê ela já vai dando provas de que tem o instinto e a inteligência para moda, auto-promoção e criatividade que ela só pode ter herdado de uma pessoa.


Na sua primeira postagem no blog da coleção, dá pra notar a empolgação. Já aparece em uma foto, como modelo da coleção, praticamente seu primeiro photoshoot promocional (!).


Dessa vez Madonna está oficializando a máquina de fabricação de wannabes, as herdeiras das primeiras que nos anos 80 multiplicaram a imagem de Madonna e viveram intensamente a identificação com seu ícone a ponto de se transformarem nela, no nascimento da histeria fanática que hoje é tão comum...




Seja bem vinda Lola, nós te amamos.