Em 1998 foi lançado o vídeo para Ray of light, segundo single do disco de mesmo nome.
Dirigido por Jonas Äkerlund, este clipe se tornou mais um clássico de Madonna e surpreendeu a todos por ser tão atual, tão diferente dos seus vídeos, tão intenso, exatamente combinando com a energia da música e tão rápido quanto um raio de luz.
O que passa despercebido é que o clipe tem um ancestral incrível.
É praticamente certo que a inspiração para o clipe tenha sido o filme-documentário de Geofrey Reggio chamado Koyaanisqatsy.
Impossível não reagir a este filme, que ainda teve mais duas continuações.Lançado em 1982, no início de uma nova década que trazia tanta evolução tecnológica e após duas décadas de liberação dos costumes e anseios, o filme traz a ação da natureza e a ação do homem no mundo, como eles se relacionam, a sutileza e a força, o silêncio e o caos. A trilha sonora desenvolvida por Phillip Glass é perfeita para cada cena. Há silêncio nos momentos certos. A grandiosidade de tudo e nossa pequena vida dentro disso são exploradas de forma quase comovente.
E como Ray of light combina com isso tudo! Algumas cenas do clipe são extremamente parecidas com algumas do filme, e adicionadas á presença de Madonna, vivendo essa intensidade e relacionando a pista de dança frenética com a rapidez da nossa passagem pelos lugares e nossas ações mecânicas e reativas, tornam esse clipe um evento histórico, uma confissão da rapidez com a qual Madonna pensa e produz e vê tudo isso ficar para trás.
Vale assistir o trailer do filme assim, como tentar achar para alugar ou comprar (eu comprei e não me arrependi) e assistir pela bilionésima vez Ray of Light.
Por Ique in Vogue
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