Março de 1992, lançamento de Shadows and fog (Neblina e sombras), do maravilhoso Woody Allen.
Um filme em preto e branco, que se passa á noite entre as sombras da cidade. Um clima tenso e pesado. Situações cretinas. A presença divertida de Allen, que consegue ser engraçado sem se mover. Pequenos dramas pessoais e críticas leves ao comportamento estúpido do ser humano, principalmente quando segue as regras estúpidas de sua pretensa sociedade organizada, mas que é estúpida.
Mas o que a Madonna está fazendo ali? Aparecendo em poucos minutos do início do filme, Madonna nada mais é que uma das artistas do circo que está na cidade e com quem o palhaço se envolve, traindo a mulher a alguns metros de casa. E rapidamente passa pela história como a mulher sem pudor e sem moral que trai uma colega de trabalho enquanto o marido bêbado dorme.
Nestes fimes dos anos 90, Madonna sempre era a mulher que ferrava com tudo.
Subliminarmente Madonna era queimada na fogueira da consciência pop, destruindo os bons costumes e depois desaperecendo ou morrendo, para nossa boa moral não ser mais ameaçada por essa mundana imoral.
Que nós adoramos.
Seja como for, um filme interessante, mesmo com a participação minúscula de Madonna, mas o trabalho de Allen sempre merece ser analisado.
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