quarta-feira, 30 de março de 2011

Dormindo com Madonna



Criatividade ás vezes vem do simples, saber aproveitar uma idéia ou desenvolver alguma coisa.




Lançando um disco que se chamava Histórias para dormir (tradução bruta), nada mais apropriado que vestir um pijaminha!!!!!! Só que aí Madonna inventa uma festa, junta um monte de gente de pijama e pronto!!!!



E ainda veste depois uma camisola, senta na cama e lê alegremente uma historinha infantil pra todo mundo!





Simples e genial. Mas não sejamos preconceituosos. Olhemos para algumas outras artistas e vejamos quando elas realmente tem boas idéias.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Banda da Madonna

Breakfast Club e Madonna, á direita.


A banda não era da Madonna. Mas era como se fosse, tudo é dela, quando ela está por perto.


Um começo interessante para um ícone do pop. Seu espírito livre procurou a liberdade de uma bunda punk, daquelas que vive onde quer, toca onde pode, fala o que pensa. Ou talvez nem tanto, mas Madonna aproveitou muito bem.

sábado, 26 de março de 2011

Herança de liberdade na dança



Martha Graham, coreógrafa, dançarina americana (1894-1991) foi uma mulher revolucionária. Sim, ela revolucionou a dança, de herança fria e rígida do Ballet, secular e marcado pela influência dura do comportamento e pensamento do homem pós-renascença. Martha quis respeitar o corpo humano e sua movimentação natural, sua articulação essencial, da constituição pura do nosso corpo, sopro divino, criação bela. Sem torturas, sem agressões, sem limitações para mover-se para expandir espaços e flexibilidade.


Martha pensou como mulher, enfrentou como mulher e influenciou a dança, iniciando o que hoje são a dança contemporânea e a moderna, fluindo essa liberdade e consciência para o jazz e daí por diante.



Pearl Lang foi solista da companhia de Graham e foi quem acabou dando aulas de dança para Madonna qunado esta decidiu que levaria a dança a sério como profissão e mesmo que já tenho dito em entrevista que não usava nada da companhia em seu trabalho, obviamente trazia seu aprendizado de lá, e foi quem exigiu um comportamento sério e regular de Madonna para que ela se encaixasse num grupo, e que não se isolasse num mito criado por ela mesma. Diz Pearl que viu na petulância de Madonna um sinal de que ela era alguém incrível.
Seja como for, Madonna incorporou essa herança de liberdade em seu corpo e foi mais uma abençoada com essa técnica libertária.

E vimos que isso tem tudo a ver com sua personalidade, assim como Madonna também influencia dançarinos, artsitas pop em seus shows e tem já tão natural em si essa movimentação claramente aberta e expansiva.




Isso é um convite á nossa exploração da beleza do corpo, seja ele como for e o que podemos fazer com ele, para o bem, para a arte.



quarta-feira, 23 de março de 2011

O poder da beleza

Segundo semestre de 1998. Filmagem do video para "The power of goodbye", com direção de Matthew Rolston, quarto single do álbum Ray of light.


Tristeza, solidão, um clima de total imersão em sentimentos densos. A presença da água e da fluidez em todo o clipe. Em algumas cenas, uma ondulação leve sugere até que aquilo se passa debaixo da água. No final, Madonna desaparece no mar revolto, no clima frio e nublado.

Cabelos escuros novamente. Me emocionou na primeira vez em que assisti, na estréia na MTV.


E ainda assim nos presenteia com tamanha beleza.



terça-feira, 22 de março de 2011

Duas estrelas em uma só.

Charles Chaplin, ator revolucionário, marcou a história do cinema com a capacidade de contar histórias de maneira tão expressiva, tão viva e emocionar com seu modo de mostrar a alma humana em suas nuances e personalidades.






Madonna, blá blá blá, a gente já sabe.


















Madonna, caracterizada para a festa do Purim. Duas estrelas em uma pessoa só.




sábado, 19 de março de 2011

Madonna e o musical Tommy.

As referências dos anos 70 utilizadas na época do álbum Confessions on a dancefloor parecem ser bem óbvias, quando a própria Madonna disse que se inspirou em muita coisa que John Travolta fez.


Mas nem tudo é tão óbvio assim.
Além de Madonna outras duas pessoas colaboraram muito com o visual da época, a arte gráfica, os videoclipes, videos para telão em performances, ensaios fotográficos e mais... Steven Klein e Giovanni Bianco.










No ano de 1975, foi lançado o filme Tommy, um musical baseado na obra ópera-rock de mesmo nome da banda The Who, de 1969.
A adaptação para cinema foi dirigida por Ken Russel e contou com algumas modificações na história.




Nora vive feliz com seu amor, o Capitão Walker, mas durante a Segunda Guerra Mundial seu avião é abatido e ele é dado como morto, deixando-a grávida.
Ela então começa um relacionamento com Tio Frank, dono de um campo de férias e o menino Tommy, já com 8 anos, sonha em crescer e seguir o mesmo rumo, aceitando Frank como seu pai.


Mas, um dia, inesperadamente o verdadeiro pai de Tommy retorna e encontra Nora na cama e nos braços de Frank, que o agride e mata com uma lâmpada. Tommy presencia a cena e Nora pede desesperadamente que ele nunca diga isso para ninguém e finja que não viu, esquecendo de tudo.




Tommy então cresce, surdo, mudo e cego e com dificuldades mentais.
Nora e Frank fazem de tudo para tentar curar Tommy, mas ao mesmo tempo são relapsos em sua criação e permitem que ele fique aos cuidados de um primo que o espanca e um tio que o molesta. O dinheiro afasta a mãe de Tommy, que não percebe o universo interior em que ele vive, mas o leva a um culto a Marylin Monroe para ver se ele se cura e nada. Frank o leva a uma prostituta que o leva a usar LSD, mas ele não reage, apesar de aguçar sua percepção.


Tommy desenvolve uma relação com espelhos, já que ele fica parado em frente a eles, como se visse seu interior através deles e cria misturas de imagens de seu verdadeiro pai e outras realidades.
Ele se torna famoso por ser uma campeão de fliperama e pinball, trazendo muito dinheiro á família.
Somente durante uma briga de Nora com ele, que finalmente volta a falar e ver normalmente e fica ainda mais famoso liderando um culto para libertar as pessoas, para salvar e mostrar o caminho a quem queira viver livre. Mas, a multidão já não responde direito a esse culto e acaba resultando em tragédia. Finalmente, Tommy encontra a paz sozinho subindo uma montanha.








Esse enredo dramático e denso pode, e muito, ter inspirado muitas das imagens desta fase da carreira de Madonna.




Imagens espelhadas e multiplicadas aparecem bastante no início do filme.


Tommy e seus reflexos.






A Acid Queen, interpretada por Tina Turner, dança loucamente em seu vestido vermelho enquanto seduz Tommy com as drogas.



A sala branca cheia de luxo e glamour que representa a prisão interna da mãe de Tommy.


 A imagem do homem crucificado que em dois momentos.


A jaula onde dorme a mãe de Tommy durante o ataque que derruba o avião de Cap. Walker.



É só comparar e encontramos estas imagens no encarte do álbum Confessions on a Dancefloor, nos backdrops e performances da Confessions Tour.

Não sabemos quem poderia ter visto o filme e utilizado essas imagens, nem se Madonna se identificou de alguma forma com Tommy, a criança presa e desejosa de libertação, ou a mulher cheia de dificuldades em ser ela mesma.
Essa associação com o filme foi encaminhada a mim por um amigo anos atrás e não sei quem é o primeiro "autor" dessa análise, mas que passa realmente despercebida por quem nunca tenha visto o filme.

Há mais no universo caótico e hiper sensível dos anos 70 presente nesta fase de Madonna, e Tommy é um excelente filme cheio de símbolos, significados, mensagens, uma obra confusa, mas genial. E também dificílimo de achar!

terça-feira, 15 de março de 2011

Novidades do passado II

Mais uma vez imagens antigas de Madonna surgem como novidade.



A revista OUT, voltada para público GLS e publicada nos EUA, traz neste mês fotos tiradas por Richard Corman em 1982, quando Madonna ainda estava começando a se tornar conhecida ( e eu estava quase nascendo), indicada ao jovem fotógrafo pela mãe dele, que havia testado Madonna para o papel de Virgem Maria (!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!) para o filme “A Última Tentação de Cristo”, de Martin Scorcese.

Imagine você ter contato com uma pessoa e 30 anos depois saber que ela é a mais famosa e falada do mundo e você a via começando, experimentando.
Ele estava começando e batalhando um espaço também. Ele sabia como era. E estava vendo alguém que já estava chegando lá. Madonna estava sabendo aproveitar o que Nova York estava oferecendo, a atenção que estava ganhando, e também foi esperta ao utilizar o talento de jovens de certa forma iniciantes, que estavam fazendo descobertas nas artes e na comunicação, que estavam com o vigor do início de carreira. E agora em 2011, na OUT Magazine, ela está na capa de uma revista, de novo, não como um talento que desponta, mas um que dominou o mundo.





O mito e a imagem Madonna permanecem com a mesma força, e agora transformaram-se em lenda.

domingo, 13 de março de 2011

Novidades do passado.

Mais uma vez estão aparecendo imagens do início da carreira de Madonna, inéditas ou em excelente resolução.


Desta vez, registros de uma performance na Alemanha, que parece ser para um programa de TV, em 1984, por Fryderyk Gabowicz.
Ao fundo, o irmão Christopher e a amiga Erica Bell. 




Talvez pela falta de novidades e imagens recentes, estas do início da carreira se tornem tão interessantes.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Disco swan

Madonna tem uma coisa (não é só uma) que eu admiro e me identifico, que é a paixão pelo movimento, pela liberdade da dança. Liberdade de se mover com força, energia e emoção.

Ela perseguiu isso.



Madonna começou a nascer na dança. Foi assim que ela começou a se moldar como uma artista da livre expressão. Quantos sentimentos e desejos fluiram e quanta paixão e graça desafiaram seu corpo a alcançar o que outros corpos não alcançam. Quanta cobrança ou frustração passaram por sua cabeça? Quantas manhãs, tardes e noites Madonna se entregou a extravasar a alma buscando a comunhão com o universo que é puro movimento?

Até que outras coisas foram somando-se e ela rumou para bandas, então para o microfone, então para os palcos e então para o estrelato. E dançou com tudo isso. Dança até hoje com 52 anos. Sabe e sente que quem dança está com a alma aberta e exposta. E foi forte. Não pirou. Não estragou tudo.



sexta-feira, 4 de março de 2011

Vida romana.






Federico Fellini, ilustre italiano cineasta transgressor da imagem e do roteiro, contador de histórias e fatos surreais e absurdos do ser humano em contextos que só nossa história pode oferecer.



Madonna, como uma apaixonada pelo cinema e admiradora da arte transgressora, vanguardista, que leva á reflexão e a catarse, tem em sua mente um arquivo de idéias e referências que inclui Fellini.




ROMA, filme de 1972, mostra a visão do próprio italiano Federico da cidade prostituída de todos os tempos. Em uma mistura de imagens e sons com acontecimentos banais e curiosos do comportamento humano rude e grosseiro, em uma metrópole abarrotada de sensações e pensamentos, em múltiplos acontecimentos presenciados pelo italiano Fellini, o filme nos leva a ver e sentir a confusão que é viver no meio disso tudo e trazer essa realidade á nossa própria visão do que é o ritmo do mundo, ritmo sob o qual nos movemos, querendo ou não e mesmo dizendo que não somos vítimas disso tudo.

A prova e a mostra do que o homem fez e faz com seus costumes, como os corrompe e como faz da corrupção das sensações seu modo natural de viver.
Onde encontramos ROMA no trabalho de Madonna?




Pode estar em qualquer lugar. Mas o disco American Life é onde é mais fácil localizá-lo.

American Life brigou com o modo americano de viver. Com a corrupção dos valores em nome de uma dominação mundial subliminar e ardilosa. Isso não é totalmente romano? Não é Roma no auge do seu império? Quem mais dominou os costumes do homem de todas as nações como modelo e padrão a ser reverenciado? Roma.



O filme de Fellini não se passa no Império Romano, mas se passa na cidade cenário que imortalizou a decadência do homem e ainda traz a contaminação pela memória quase saudosa das atrocidades que a mente doente e sedenta de poder, disfarçadas de costumes pitorescos.



Na gloriosa última cena do filme, analisamos como tornamos o supostamente sagrado no mais vulgar e comum, substituindo valores e justificando inutilidades:







Pois o vídeo de American Life original, idealizado por Jonas Akerlund, traz bem explícita essa mensagem, como aquilo que deveria ser preocupação séria desfila pelos nosso olhos descuidados e se torna mero espetáculo, e como tudo passa por nós e assistimos, comentamos e... apenas isso.


A mesma idéia do desfile utilizada no clipe, com soldados e feridos, foi levada para a Re-invention Tour, na mesma idéia do filme. "Religião resulta em fragmentação", disse Madonna. A vaidade disfarçada na feiúra dos símbolos. E a vaidade salta mais aos olhos do que a espiritualidade.




Vida americana, vida romana, vida paulistana, vida carioca. Madonna visionária inspirada por Fellini apaixonado nos leva a ver e rever nossa vida seja qual for e pensar como estamos desfilando.


Apropriado.

quarta-feira, 2 de março de 2011

terça-feira, 1 de março de 2011

Vocês viram como ela estava linda???

Domingo dia 27 de março, festa pós-oscar promovida pela revista Vanity Fair. Nos últimos anos Madonna tem comparecido.

Este ano, após tanto tempo longe de eventos, ela surge surpreendente, glamourosa. E acompanhada da filha, cada vez mais presente ao seu lado.


Tem sido bom para Madonna. A presença jovem de Lola transmite á madonna um novo ar, jovialidade e novo fôlego. Como se Madonna sugasse essa energia e tivesse Lola agora como um amuleto de proteção á sua tão sonhada eterna juventude. Madonna vampiriza as potências alheias?




No Oscar de 1991, Madonna foi a companheira de Michael Jackson que também estava em grande momento de sua carreira. Em 2003, Britney Spears estava brilhando muito e Madonna aproveitou o hype da garotona e fez sua fama. Recentemente Madonna apareceu com Lady gaga que é a diva do momento e beneficiou-se da atenção que ele tem hoje. Madonna está sempre perto de quem possa lhe "doar" um pouco de sua potência e somando-se á ela , manter seu mito vivo.







Não é?