terça-feira, 31 de maio de 2011

10 anos depois - O palco

A criação do palco que apresentaria Madonna novamente ao mundo como uma revolucionária na indústria do pop...


Bruce Rodgers          Designer de palco


Bruce conseguiu a atenção de Madonna e o trabalho de imaginar o palco da Drowned Worls Tour em 2001 por quê desenhou o palco da bem sucedida Livin’ la vida loca Tour de Ricky Martin que teve Jamie King como diretor.  Sabendo do quanto Madonna adorou a concepção da turnê, Jamie pediu para que Bruce criasse o palco para a performance no Grammy’s em 2001.


Após ouvir muita música de Madonna e ficar um pouco nervoso, Bruce veio com a idéia da limusine onde Madonna e seus dançarinos iriam se apresentar. Como tudo deu certo, Madonna quis que ele fizesse então o palco para seu novo show e ainda disse que ver o que ele fez para Ricky Martin a fez se empolgar mais ainda para voltar a turnês... e o encontro dele com Madonna foi apenas um “oi”, “adorei o que você fez para o Ricky Martin” e então ela foi direto ensaiar por horas e horas e horas...



Então, ele começou a criar dentro do conceito que a produção já tinha da turnê: a divisão em quatro blocos e um bis. Os temas já eram “Madonna chega em uma espaçonave”, “Teatro Kabuki/O tigre e o dragão, com uma árvore no meio”,  “Touro mecânico” e “Latino/Cigano”...





Desenhos considerando as mudanças para cada bloco - Madonnatribe




Bruce então pensou nessa espaçonave feita de luz, e num templo baseado nas escadarias dos desenhos do holandês Escher (que você pode conferir em São Paulo em exposição no Centro Cultural banco do Brasil) e caixas dentro das escadarias com paredes de leds que se abririam onde os dançarinos estariam.
Bruce mergulhou tanto no universo de Madonna naquele tempo que compreendeu seu espírito e suas mudanças internas, sendo que conseguiu penetrar no clima e passar corretamente a jornada interior por onde Madonna submergiu e apresentou aquilo de forma espetacular, e ainda sabia da importância da volta dela aos palcos após 8 anos e da tamanha diferença deste para seus shows anteriores, que eram em estádios e agora ela estaria também em lugares menores e com público nas laterais.




 Esquema completo do palco - Madonnatribe


Além disso, associado com Dago Gonzáles para produzir os vídeos e pensando em como apresentá-los, Bruce pode inovar na maneira de posicionar os telões e fazer com que suas imagens interagissem e humildemente disse que nem eles colocando Madonna voando no palco ou o U2 anos antes usando já os grandes telões eram pioneiros em nada, mas participavam da continuação das coisas nesse grande mundo artístico em que viviam (excelente argumento para os que adoram passar tardes discutindo quem-copiou-quem).


Inspirado por arquitetura antiga e pelo design minimalista dos tempo modernos, Bruce pensou futurísticamente para introduzir Madonna no novo milênio que começava.









Para o palco de Ricky Martin, Bruce utilizou as formas do rosto dele para criar as posições dos elementos e para Madonna partiu quase da mesma idéia, pensando em alguns capacetes e acessórios de filmes de ficção científica futurista, mas preenchendo espaços com formas e objetos, mesmo de maneira assimétrica.
O som e a iluminação vinha dos equipamentos que flutuavam sobre o palco, como algo que vem do alto, de Deus.
A nave onde chegava Madonna virou uma plataforma iluminada que a faria flutuar sobre a escuridão.
A árvore do segundo bloco tinha facas nas pontas para parecer perigosa e ela saltava da árvore para ligar á idéia de um pássaro.



Detalhe: Bruce quis construir um modelo em pequena escala de como ficaria a árvore no palco e quis pintá-lo de prata e bem brilhante, como Madonna havia comentado que gostava. Mas então, Jamie King veio e pediu que ele pintasse marrom como um vulcão e que assim Madonna gostaria... Contrariado, ele pintou dessa forma.
Num dia de ensaios e reunião, dias depois de ter mostrado o modelo a Madonna, ela o chamou e disse que havia odiado! E disse que preferia ele pintado de prata!!!!! E Jamie King, sentado ao lado deles, não disse a ela que foi ele quem pediu que fosse pintado assim...

segunda-feira, 30 de maio de 2011

10 anos depois






De 17-12-1993 a 09-06-2001. Oito anos se passaram sem Madonna pisar em grandes palcos para suas grandes turnês extravagantes.

Nesses anos em que Madonna se dedicou a realizar seus projetos e sonhos como fazer o papel de Evita, ser mãe e casar novamente, por exemplo, de tudo foi dito sobre ela e muitos pensaram que ela não tinha mais fôlego e nem mais o que dizer.


Duas turnês deixaram de acontecer nessa época, uma por causa da oportunidade de atuar como Evita e outra por causa de um novo filme, casamento e filho.

Então, Madonna devia não só para seus fãs, mas também para a Warner e seus produtores e já estava na hora de criar alguma coisa.

E como muitas mudanças significativas tinha acontecido até então, elas continuariam a acontecer. Saem as luzes e entra a escuridão, sai Christopher Ciccone e entra Jamie King...







mais em breve...

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Girlie Show

Uma coisa que considero muito interessante é pensar no que não aconteceu. (?)


Nós nos acostumamos a idolatrar por anos algumas coisas que Madonna fez e ter algum disco ou turnê como a coisa mais incrível do mundo.

Mas eu penso naquilo que ficou de fora, que foi descartado. Tornaria melhor o que já é maravilhoso? Ou com isso, não seria tão bom?






Recentemente apareceram na internet imagens de anotações de Madonna referentes a criação do show, nos permitindo descobrir que poderia ter coisas bem diferentes.




Imagine True Blue vindo depois de Rain... ou talvez já fosse a primeira do bloco seguinte... ou um interlude...

Imagine Live to Tell após Bye bye baby, no lugar de I'm going bananas...

Imediatamente muitos já torceram o nariz, achando que não tinham nada a ver... mas talvez nessa fase da criação os temas fossem outros, ou as roupas, enfim... sem saber, não dá pra falar...
Mas será que gostaríamos do show da mesma forma? Não dá pra falar.



Mas dá pra falar da máquina criativa que é Madonna e que na época tinha a ajuda da sensibilidade do irmão, cheio de boas referências e que ajudou a criar as duas turnês que tornaram Madonna mais conhecida no mundo por seus shows inovadores...




A criação desta turnê deve ter sido difícil e emocionante, difícil por lidar com o sexo e ter que usá-lo dentro das performances e emocionante pela quantidade de idéias e referências.






As anotações mostram como Madonna toma conta dos detalhes, ela já tem a quantidade de dançarinos por performances, detalhes de figurinos, ordem dos blocos... é assim que ela pensa, num conjunto completo que faça sentido.




Graças a Deus ela trabalha dessa forma e não dá ouvidos a sugestões de fãs que imaginam coisas absurdas e impraticáveis, por quê esquecem que um show envolve custos, transporte e organização e não devaneios.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Life is a ball

Inesperadamente Madonna surge no glamouroso evento fashion Costume Institute Gala que o Metropolitan Museum em Nova York realiza todo ano.


Ao contrário da última aparição, em 2009 com um look duvidoso da poderosa Luis Vuitton que Madonna "representava" na época, dessa vez ela realmente surpreendeu por estar bela tanto em roupa como em expressão. Como ela mesma diz, estava na hora de voltar a curtir um pouco esse glamour...

Vestido de Stella McCartney, "coincidentemente" inspirado na Duquesa de Windsor, personagem do filme dirigido por Madonna que está para estrear.