O DNA de Madonna presente no seu novo disco é sua herança católica/religiosa, sua rebeldia natural áquilo que é naturalmente aceito, sua imposição dos valores da mulher e suas misturas dos paéis dos sexos, ou inversão deles. Soma-se á isso algum divórcio, uma paixão desmontada, e uma fuga ás pistas de dança e encontramos os terrenos por onde Madonna sempre pisou e agora voltou a pisar, incrivelmente sem parecer uma repetição.
Em Girl gone wild, o vídeo, ela faz com que todo mundo reconheça logo seus trabalhos anteriores, de décadas atrás, e pereceba que ela se re-inventa ( a eterna palavra-clichê ), já que ela sempre renova a maneira de fazer. Ela está mesmo resgatando aquilo que já conhecemos dela e mostrando ás novas gerações, permitindo que sinta-se novamente o frescor de uma polêmica e o impacto de uma novidade significativa na música pop, assim, a propaganda é feita: a Madonna que se ouvia falar, a que estava no passado, se mostra hoje e dá aos novos ouvintes a opção da escolha entre ela ou qualquer outra.
Quem gosta de coisa bem feita, escolhe ela.